Lucas 1:35
Quem já leu a passagem bíblica da
concepção de Jesus, ou pelo menos ouviu falar, conhece maneira que o fato
ocorreu. Maria, uma jovem prometida a José, virgem, em certa noite, recebe a
visita do anjo Gabriel, e este lhe informa que a mesma irá conceber e dará a
luz a um menino, que será filho de Deus. Maria ao ouvir tal coisa, fica intrigada, como
não seria para menos, e questiona como isso irá ocorrer, já que ainda é virgem.
E então o anjo lhe diz que o Espirito Santo a cobriria com a sua sombra, ou
seja, seu poder, e dessa forma haveria a concepção.
Contei de maneira informal a estória
para refletir sobre o fato. O que ocorre aqui, a meu ver, é a união entre Deus
e o povo de Israel, representado por Maria, onde o fruto dessa união é Jesus.
Podemos notar que há dois agentes na concepção - Deus como agente ativo, que
sobrenaturalmente através da ação do Espirito Santo e Maria como agente
passivo, ou seja, um instrumento natural utilizado para a ação do Espirito
Santo de Deus. A partir da junção desses dois agentes, é gerado Jesus.
Hoje ocorre de maneira espiritual
o mesmo que ocorreu de maneira carnal há mais de 2000 anos. O papel da igreja
hoje é fazer de maneira espiritual o que Maria fez de maneira humana.
Hoje o papel da igreja é se unir
ao Espirito Santo de Deus, servindo de instrumento passivo natural, para
sobrenaturalmente ser gerado Jesus nas pessoas que ainda não o tem.
Esse é o único motivo da igreja
existir. Gerar Jesus... e isso não acontece fazendo as pessoas seguirem uma
série de regras e condutas, de podes e não podes, ou de repressões sexuais,
sociais, sentimentais, comportamentais. Isso só acontece quando o Espirito
Santo faz, quando ele age. Da mesma maneira que Maria simplesmente deixou que
Deus agisse através dela, a igreja precisa deixar que Deus aja através dela,
sem tentar “ajuda-lo” com programas de entretinimento, cultos pensados para
gerar emoção e sensações que facilitam a “conversão”, ou transformar a igreja
num Rotary Club para se tornar mais atrativo aos jovens que buscam por um grupo
social para pertencerem. Claro que a Igreja por ser formada por homens,
proporciona uma integração e interação entre os que a frequentam, mas isso é
secundário.
Se a igreja não gera Jesus, pode
ter centenas de pessoas, felizes, alegres, “fervorosas”, mas que ao morrerem,
não serão salvas. Logo, se torna inútil. E saber disso me traz um incomodo
muito grande...
Isso mesmo Silvinho...está perfeitamente correto...
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