terça-feira, 19 de março de 2013

O que a igreja deveria aprender com Maria

E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 
Lucas 1:35


Quem já leu a passagem bíblica da concepção de Jesus, ou pelo menos ouviu falar, conhece maneira que o fato ocorreu. Maria, uma jovem prometida a José, virgem, em certa noite, recebe a visita do anjo Gabriel, e este lhe informa que a mesma irá conceber e dará a luz a um menino, que será filho de Deus.  Maria ao ouvir tal coisa, fica intrigada, como não seria para menos, e questiona como isso irá ocorrer, já que ainda é virgem. E então o anjo lhe diz que o Espirito Santo a cobriria com a sua sombra, ou seja, seu poder, e dessa forma haveria a concepção.
Contei de maneira informal a estória para refletir sobre o fato. O que ocorre aqui, a meu ver, é a união entre Deus e o povo de Israel, representado por Maria, onde o fruto dessa união é Jesus. Podemos notar que há dois agentes na concepção - Deus como agente ativo, que sobrenaturalmente através da ação do Espirito Santo e Maria como agente passivo, ou seja, um instrumento natural utilizado para a ação do Espirito Santo de Deus. A partir da junção desses dois agentes, é gerado Jesus.
Hoje ocorre de maneira espiritual o mesmo que ocorreu de maneira carnal há mais de 2000 anos. O papel da igreja hoje é fazer de maneira espiritual o que Maria fez de maneira humana.
Hoje o papel da igreja é se unir ao Espirito Santo de Deus, servindo de instrumento passivo natural, para sobrenaturalmente ser gerado Jesus nas pessoas que ainda não o tem.
Esse é o único motivo da igreja existir. Gerar Jesus... e isso não acontece fazendo as pessoas seguirem uma série de regras e condutas, de podes e não podes, ou de repressões sexuais, sociais, sentimentais, comportamentais. Isso só acontece quando o Espirito Santo faz, quando ele age. Da mesma maneira que Maria simplesmente deixou que Deus agisse através dela, a igreja precisa deixar que Deus aja através dela, sem tentar “ajuda-lo” com programas de entretinimento, cultos pensados para gerar emoção e sensações que facilitam a “conversão”, ou transformar a igreja num Rotary Club para se tornar mais atrativo aos jovens que buscam por um grupo social para pertencerem. Claro que a Igreja por ser formada por homens, proporciona uma integração e interação entre os que a frequentam, mas isso é secundário.
Se a igreja não gera Jesus, pode ter centenas de pessoas, felizes, alegres, “fervorosas”, mas que ao morrerem, não serão salvas. Logo, se torna inútil. E saber disso me traz um incomodo muito grande...            

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