segunda-feira, 8 de abril de 2013

Não há um bom...


Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. 
Romanos 7:18

Paulo, apostolo escolhido por Cristo, evangelista, cheio do Espírito Santo, instrumento utilizado por Deus para realização de milagres, um dos mais conhecidos cristãos de todos os tempos. Um homem que teria todos os motivos do mundo para afirmar que era uma pessoa boa, mas que ao olhar pra si mesmo com um olhar sincero, afirma com todas as letras “Porque eu sei que em mim, isto é na minha carne, não habita bem algum”.
Paulo sabia que sua natureza humana era má, que ele mesmo sendo cristão, mesmo apostolo, mesmo cheio do Espírito Santo, ele ainda era inclinado a fazer coisas más. A bíblia compara a natureza do homem a uma arvore. E da mesma forma que uma figueira não pode dar uvas, nem uma videira pode dar figos, o homem também não pode dar frutos diferentes do que sua natureza permite. O homem peca porque é pecador, não é pecador porque peca. Se fossemos uma arvore seriamos um pé de pecado.
No coração do homem reside a mentira, as intrigas, as inimizades, o adultério, o homicídio, a avareza, o egoísmo, a rebeldia, a violência, e outras varias coisas que não são boas, e por isso temos mas atitudes. Ser E isso não muda com a conversão. É por isso que mesmo convertido, a pessoa ainda tem dentro dela a inclinação para fazer o que é errado e a gostar disso.
Mas então o que muda com a conversão?
Na essência humana nada, porém à medida que você vai conhecendo Cristo e se envolvendo com coisas dele, ele vai preenchendo as lacunas da vida que fazem o ser humano ter más atitudes. Quando ele se torna real na vida do homem, ele mesmo começa a realizar as boas obras por intermédio das pessoas, gerando o bom fruto. É o Espírito que gera o bom fruto, não porque nossa natureza mudou, mas porque ele foi “enxertado” em nós, e à medida que mais nos abrimos para essa ação do Espírito mais realizamos o bem.
Essa carne sempre será corrompida pelo pecado, por isso nós morremos, para que esse estágio passe e possamos nos tornar novamente imagem e semelhança de Deus. Achar que somos ou seremos grandes homens de Deus em vida é hipocrisia. Como disse muito bem Paul Washer, não existem grandes homens de Deus, mas sim grandes pecadores necessitados da misericórdia de Deus.  Eu necessito da misericórdia dele para fazer o bem...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Um barco, O barco

E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão. 
Lucas 5:3

Nesta passagem podemos ver uma das características mais impressionantes de Jesus - A sua capacidade para ensinar as pessoas em qualquer lugar que estivesse. 
Ele não tinha aprendido didática na escola, não contava com recursos tecnológicos como lousas interativas, projetor, microfones ou afins. Não lecionava em salas de aulas preparadas e confortáveis, com ar condicionado, com cadeiras macias...Ele falava onde quer que ele estivesse, utilizando a paisagem, a cultura local, os costumes, o conhecimento da população para ensinar coisas maiores, de maneira que as pessoas pudessem aprender mais facilmente. 
Nessa passagem, uma multidão de pessoas se amontava ao seu redor para ouvi-lo, e é quando ele vê dois barco, na margem do lago de Genesaré. Em seguida ele entra em um dos barcos, e pede que se afaste um pouco da margem, para poder falar a multidão. Após terminar de falar, ele pede que Pedro, o dono do barco, lance suas redes na água, para pescar. Pedro, mesmo tendo passado a noite inteira lançando as redes, sem conseguir pescar nada, resolve arriscar mais uma vez, e vê as redes pegarem uma infinidade de peixes, tantos que não podiam ser retirados apenas por ele, necessitando da ajuda de seus companheiros. 
Da para tirarmos varias lições para nossas vidas, mas vou dissertar sobre apenas uma. 
Era apenas um barco...simples de madeira, não diferente de outros barcos semelhantes a ele. O seu proposito era apenas pescar, e locomover pelas águas. Mas quando Jesus entra no barco, ele o utiliza como um instrumento para impactar a vida daquelas pessoas. O que era um simples barco, agora se torna O barco, o barco que serviu para Jesus mostrar sua mensagem gloriosa e seu poder. Naquele momento o barco se torna um importante instrumento nas mãos dele para impactar a vida daquelas pessoas.
Agora te digo, se ele fez isso com um barco, o que dirá do que ele pode fazer com a nossa vida?
Se um barco ganhou um novo sentido, imagina o ser humano...Se deixarmos nossa mente aberta apenas para ele, podemos também encontrar um novo sentido para existirmos, não apenas para o proposito que o mundo nos faz seguir, mas para um proposito maior, de sermos uteis a Deus e aos outros, como este barco foi útil. 
As vezes nos queremos que Deus nos coloque em lugares de destaque, com status, com dinheiro, achando que assim conseguiremos demonstrar a glória de Deus, mas esquecemos que Deus quer nos usar onde estivermos. 
No trabalho, na escola, nos círculos de amizade, ou em qualquer lugar, podemos ser usados para um propósito maior, basta querermos...

segunda-feira, 25 de março de 2013

Como Zaqueu eu quero subir...


E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.
E, correndo adiante, subiu a um sicômoro bravo para o ver; porque havia de passar por ali. 
Lucas 19:3-4

Na famosa passagem de Zaqueu, vemos que este queria muito ver o famoso Jesus, de quem muitos falavam, porém existiam dois impedimentos. Primeiro externo, ou seja, a multidão que se amontoava ao redor de Jesus, buscando os benefícios de estar próximo a ele, e segundo o seu tamanho limitado, que era um fator interno, pois a sua pouca estatura o impedia de ver acima da multidão. A soma desses dois fatores o impediram de visualizar a pessoa de Jesus. Porém, sua vontade era tanta que ele corre adiante da multidão e sobe em um sicomoro ou figueira brava, e de lá consegue enxergar Jesus.
Trazendo pra nossa realidade, hoje também esses dois fatores interferem na nossa visão de quem Jesus realmente é.
O primeiro fator, externo, que no caso de Zaqueu era uma multidão de pessoas, hoje se torna uma multidão de ensinamentos sobre Jesus. Cada igreja ou grupo Cristão tem uma visão de Jesus. Pra uns Jesus é um curandeiro que vai te livrar de todas as doenças, pra outros é o “Silvio Santos” do mundo espiritual, pra outros é um deus que não interfere ativamente na vida humana nem no mundo, pra outros é um deus vingativo, pra outros um deus amoroso, pra outros um homem que viveu e morreu como todos os outros. Essa infinidade de visões sobre uma mesma pessoa, dificulta identificarmos quem ele realmente é, pois existe um conflito das identidades de Jesus, e pra pessoas que pensam, esse conflito causa confusão. Isso acontece porque por sermos humanos, tendemos a criar um deus a nossa imagem e semelhança, e dar a ele atributos que são agradáveis a nós mesmos. Como na passagem que Arão pega os pingentes de ouro e faz um bezerro de ouro para representar a figura de Deus. Nos também pegamos nosso ouro (o que temos de mais valoroso) e formamos um deus, que ao ser posto no espelho reflete nossa face.
Dessa forma tem uma série de Jesuses (nem sei se é assim que é o plural rs) cada um com uma cara diferente. Daí ver qual é o verdadeiro se torna um tormento.
Outro fator, interno, que no caso de Zaqueu era sua baixa estatura, em nosso caso é nossa baixa estatura a nível de conhecimento. Não temos um conhecimento aprofundado daquela época, nem da bíblia, nem das ciências humanas, nem de nós mesmos, e por isso, quando somos bombardeados por essa multidão de figuras de uma mesma pessoa, não conseguimos identificar com facilidade, pois nossa visão limitada sobre tudo, torna impossível enxergar.
Mas se realmente quisermos ver quem ele é de verdade, temos que dar uma de Zaqueu, subir na arvore e olhar direto em Jesus. Não adianta querer conhecer Jesus olhando pra mim, se olhar pra mim vai ver muita coisa errada e vai achar que Jesus é como eu. Não adianta olhar pra você, não vai encontrá-lo ai, nem mesmo olhar pro pastor, ou padre, ou como quer que você chame. Olhe para ele, pra descrição dele na bíblia.
Se quiser conhecê-lo para adorar olhe na bíblia, se quiser criticá-lo, olhe na bíblia, se quiser ridicularizá-lo por seus ensinos, olhe lá e se quiser amá-lo olhe lá...Busque conhecer também e abrir sua mente para o que ateus ou historiadores seculares falaram sobre ele, e relatos da igreja primitiva, pois por estarem próximos dele, o retrataram com maior fidelidade. Esse é meu conselho pra quem quiser...

terça-feira, 19 de março de 2013

O que a igreja deveria aprender com Maria

E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 
Lucas 1:35


Quem já leu a passagem bíblica da concepção de Jesus, ou pelo menos ouviu falar, conhece maneira que o fato ocorreu. Maria, uma jovem prometida a José, virgem, em certa noite, recebe a visita do anjo Gabriel, e este lhe informa que a mesma irá conceber e dará a luz a um menino, que será filho de Deus.  Maria ao ouvir tal coisa, fica intrigada, como não seria para menos, e questiona como isso irá ocorrer, já que ainda é virgem. E então o anjo lhe diz que o Espirito Santo a cobriria com a sua sombra, ou seja, seu poder, e dessa forma haveria a concepção.
Contei de maneira informal a estória para refletir sobre o fato. O que ocorre aqui, a meu ver, é a união entre Deus e o povo de Israel, representado por Maria, onde o fruto dessa união é Jesus. Podemos notar que há dois agentes na concepção - Deus como agente ativo, que sobrenaturalmente através da ação do Espirito Santo e Maria como agente passivo, ou seja, um instrumento natural utilizado para a ação do Espirito Santo de Deus. A partir da junção desses dois agentes, é gerado Jesus.
Hoje ocorre de maneira espiritual o mesmo que ocorreu de maneira carnal há mais de 2000 anos. O papel da igreja hoje é fazer de maneira espiritual o que Maria fez de maneira humana.
Hoje o papel da igreja é se unir ao Espirito Santo de Deus, servindo de instrumento passivo natural, para sobrenaturalmente ser gerado Jesus nas pessoas que ainda não o tem.
Esse é o único motivo da igreja existir. Gerar Jesus... e isso não acontece fazendo as pessoas seguirem uma série de regras e condutas, de podes e não podes, ou de repressões sexuais, sociais, sentimentais, comportamentais. Isso só acontece quando o Espirito Santo faz, quando ele age. Da mesma maneira que Maria simplesmente deixou que Deus agisse através dela, a igreja precisa deixar que Deus aja através dela, sem tentar “ajuda-lo” com programas de entretinimento, cultos pensados para gerar emoção e sensações que facilitam a “conversão”, ou transformar a igreja num Rotary Club para se tornar mais atrativo aos jovens que buscam por um grupo social para pertencerem. Claro que a Igreja por ser formada por homens, proporciona uma integração e interação entre os que a frequentam, mas isso é secundário.
Se a igreja não gera Jesus, pode ter centenas de pessoas, felizes, alegres, “fervorosas”, mas que ao morrerem, não serão salvas. Logo, se torna inútil. E saber disso me traz um incomodo muito grande...            

quinta-feira, 14 de março de 2013

Luz e Trevas


"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;" Mt 5:14

Uma palavra que sempre ouvi no meio evangélico foi testemunho. Sempre ouvi que através do bom testemunho as pessoas conheceriam Deus. E por bom testemunho, entendia-se um conjunto de regras, condutas e ações que visavam se tornar mais bem vistos perante a sociedade, nos tornando assim luz para os que estão na escuridão.
Sempre concordei com esse ponto de vista, tanto que me lembro de uma vez ter até pensado que o Cristão seria como a lua que não tem luz própria, mas reflete a luz do sol, gerando um pouco de luz em meio a escuridão.
Mas hoje, depois de ter vivido mais, ter tido outras experiencias, vejo que a lua mesmo refletindo a luz, esta distante do homem, por isto é difícil de ser alcançada, portanto não pode ser usada como exemplo para o Cristão, pois a Luz que Jesus fala na bíblia, é uma luz próxima, acessível, que pode ser vista bem de perto.
O que quero dizer com essa viagem toda que fiz nesse texto, é que não adianta demonstrarmos através de nosso comportamento Deus se este ficar inacessível as pessoas, se for algo distante, sem calor.
As pessoas tem sim que ver Deus em nós, mas tem que também ver o homem em nós. Ver nosso Eu verdadeiro, nossas inclinações para o mal, nossos medos, angustias, fraquezas, duvidas, aflições, nossas vontades, sonhos. De nada adianta demonstrar algo sublime, quando não o somos.
As pessoas não conseguiam resistir a palavra de Jesus por que viam que era Deus, mas que também era homem, que sofria, que tinha sentimentos, não tinha pecados, claro, mas viam que ele era autêntico, não fazia tipo, ele parecia ser quem ele realmente era...
Tenho visto de certa forma a eficácia de ser o mais transparente possível (já que ser completamente transparente é algo impossível para nós, humanos, ridículos e limitados), com certas pessoas que conhecem o pior em mim, que viram o quão despresivel eu sou certos momentos, que percebem erros em mim que nem eu mesmo havia percebido, ou que eu mesmo confidenciei coisas que qualquer pessoa gostaria de esconder para parecer alguém melhor, mas que me perguntam a respeito de Deus, que se interessam mais, que prestam mais atenção, que se demonstram mais sensíveis a mensagem do que outras pessoas que tentei ser mais "divino". Pessoas que apesar de todos os meus erros, não me questionam quando eu digo que algo esta errado, não me chamam de hipócrita, e por incrível que pareça ainda dizem que eu sou diferente...Nem eu mesmo consigo entender como uma pessoa que sabe que sou igual a ela, dizer que eu sou diferente, mas talvez seja justamente por isso, por ser próximo.
Isso é só um "testemunho'', não quero ser o modelo a ser seguido por ninguém, só coloquei essa experiencia própria pra eu me lembrar disso primeiramente, e pra talvez ser útil pra alguém, já que nossas experiências servem pra isso

quinta-feira, 7 de março de 2013

Deus ou deus?


www.youtube.com/watch?v=rk7KmRdwiR8

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Mateus 7:22-23
Essa semana, vários meios de comunicação noticiaram o vídeo do pa$tor Marcos Feliciano, que também é Deputado Federal, onde ele promete bênçãos mediante ao que chama de sacrifícios financeiros, que seriam como o mesmo diz difíceis, dados com dor, diferente das ofertas que devem ser dadas com alegria.  Dessa forma angaria carros, motos, cheques de R$1000,00, R$500,00 além de um cartão bancário doado sem a senha, o fazendo dizer a seguinte frase ‘’É a ultima vez que eu falo, Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale. Depois vai pedir o milagre pra Deus e Deus não vai dar e vai falar que Deus e ruin.”
Bem, o que tenho a dizer sobre isso é que esse deus do Marco Feliciano não é o mesmo que eu creio. Esse jesus pregado pelo neo pentecostalismo não é o mesmo Jesus que é citado na bíblia, pois mesmo conhecendo pouco, eu posso garantir e convido a quem discordar de mim provar  na Biblia que Jesus alguma vez falou algo parecido com o que Valdemiro, Marco, Macedo, Malacheia falam. Ou mesmo os apóstolos, quando eles pregaram esse capitalismo gospel alimentado pela ganância de pessoas avidas pelas ben$ãos de deus.
Dai vão argumentar que Jesus disse que teríamos vida em abundancia. Mas se a abundancia que ele se referia for essa que esses caras pregam, Jesus mentiu por quase 2000 anos, pois somente no século XX e XXI que ele então se lembrou dessa promessa e a colocou em prática, pois antes disso nunca foi noticiado que esta aberração fosse pregada. Jesus foi um fracassado humanamente falando pois morreu sem posses, desde o nascimento até a morte nada ela dele, tudo era emprestado e os apóstolos seguiram o mesmo caminho. Agora vem me dizer que esses rapazes estão pregando a palavra de Deus, só se for o “deus” deles, não o meu...
Ai vão dizer "Ah mas ele fala em nome de Deus, cura, faz isso, aquilo.."leia o versiculo tema desse desabafo.
A teologia da prosperidade e o neo pentecostalismo são o câncer da igreja moderna, e esta levando as igrejas para uma falsa sensação de aprovação de Deus, pois esta é medida em números, ou seja, se a igreja esta lotada é porque Deus esta abençoando, e por faturamento, onde uma igreja rica materialmente é considerada rica espiritualmente, além dos sentimentos, pois quem esta nesses lugares, sentem a presença de “deus” e por isso creem estarem no caminho certo. Vale lembrar que a igreja de Laodiceia era grande, rica, barulhenta, fervorosa, mas seria vomitada... Se ser quente é acreditar no que esta sendo pregado por ai, eu sou o mais frio dos homens...

Quem sou eu?

A vida é construída por perguntas. Uma delas é quem somos.
É comum nos deparamos com essa questão a todo tempo. Buscamos incansavelmente uma identidade, ser reconhecido como alguém. As vezes o que temos defini quem "somos", pois muitos são conhecidos como o cara o dono de tal coisa, ou o mega empresario, o bilionário "fulano de tal".
Outras somos conhecidos pelo que cremos, pois é comum ouvir "aquele crente'' ou o "irmão beltrano", a "amada", ou mesmo o cara que diz ser ateu. Há também os que são conhecidos pelos atos, o bandido, o vagabundo, o politico, e afins.
Uma das piores coisas pro ser humano e se olhar e não ter uma noção clara de sua identidade, de qual grupo pode se encaixar, pois existe uma necessidade de estarmos juntos, em sociedade, e quando não conseguimos definir nossa identidade fica complicado fazer parte de um grupo social, pois o próprio grupo tendi a tornar difícil a inserção de pessoas com características diferentes.
Sou umas dessas pessoas que tem dificuldade em definir-se como parte de alguma coisa, pois olhando pro meu modo de ver as coisas, meus interesses, minhas vontades, vejo que não me encaixo em nomenclaturas, pois não tenho nada materialmente para que possa ser conhecido pelo que tenho, nem tenho uma crença comum a outros grupos, nem meus atos são tão visíveis para que possa ser definido pela ação. Logo não posso dizer quem eu sou, mas digo que posso dizer quem eu "estou", pois sei que estou constantemente mudando, aprendendo, pensando, vendo e revendo e um turbilhão de pensamentos. Não sou pronto, mas estou me construindo, tentando basicamente um dia ser. Um dia ser chamado de filho, pelo próprio Deus e ai me reconhecer como alguém, mas enquanto esse dia não chega, apenas estou alguém...